Trabalhadores com contas inativas do FGTS poderão fazer saque de valores depositados

Os trabalhadores com dinheiro depositado em contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que estejam inativas poderão sacar o dinheiro depositado até o dia 31 de dezembro de 2015. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 22 de dezembro, pelo presidente da República, Michel Temer. A medida é mais uma tentativa do governo federal de impulsionar a economia do País.

A conta só fica inativa quando o trabalhador sai do emprego e deixa de receber depósitos. Segundo Temer, a medida deve beneficiar 10,2 milhões de trabalhadores que estão nessa situação. Diante disso, o governo federal pretende liberar o saque. A ideia é de que não tenha limite para isso, ou seja, o beneficiado pode sacar todo o valor que estiver como saldo até o dia 31 de dezembro de 2015.

O trabalhador que quiser consultar a sua conta vai precisar do número do Programa de Integração Social (PIS) e da senha do cartão cidadão. Ele deve acessar o site da Caixa Econômica ou ir à uma agência da instituição. O governo federal deve divulgar até fevereiro um cronograma para a liberação do dinheiro. A referência será a data de aniversário do trabalhador.

Movimentação de R$ 30 bilhões
Para o governo federal, a medida anunciada vai movimentar cerca de R$ 30 bilhões na economia. A equipe econômica fez um levantamento em que constatou que 86% dessas contas têm saldo de um salário mínimo.

O trabalhador vai poder utilizar o recurso e usar da forma que quiser.  Nesse sentido, a União anunciou que a medida não prejudica setores que usam o dinheiro do FGTS em áreas como habitação e saneamento.

Crédito rotativo
Outra medida anunciada está relacionada aos prazos e pagamento de juros de crédito rotativo –quando é feito o pagamento do valor mínimo e o restante é parcelado. A intenção é que o limite do prazo de pagamento dessa modalidade seja feito em até 30 dias. Com isso, a expectativa é de redução de 50% nos juros do parcelamento. Os detalhes dessa medida não foram repassados.

Agência CNM, com informações do Jornal Hoje