Deu-se início da manhã desta segunda-feira (7) ao Seminário de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. O evento, que é uma realização do SESCAP BAHIA em parceria com a UNEB, TCM, Escola de Contas, Sindiconta e CRC, tem como objetivo ampliar a discussão sobre contabilidade para municípios. O encontro vai até sexta-feira (11) e durante toda a semana serão apresentadas palestras, debates e minicursos simultâneos sobre o assunto. A Staf Tecnologia é a patrocinadora do evento.
“Ao analisar o atual cenário político, econômico e o princípio da moralidade é importante perceber que é preciso à conscientização de todos para que se estabeleça uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária”, destacou o presidente do SESCAP-BA, Altino Alves, ao desejar as boas-vindas e um evento profícuo aos participantes.
A palestra Magna foi apresentada pelo conselheiro do TCM, doutor José Alfredo Rocha Dias, que discorreu sobre o profissional contábil e o desafio das prestações de contas públicas. “Estamos passando por uma revolução industrial, onde tudo está se modificando de forma intensa. Há uma necessidade de acompanhar todas essas mudanças e a educação é o caminho. Permanecer parado é retroceder, portanto é fundamental buscar atualização”, ressaltou.
Os procedimentos contábeis e orçamentários aplicados ao setor público também foi tema de palestra e debate. “O orçamento público reflete as receitas e despesas e a partir daí é possível fazer a previsão (do que e onde foi gasto), e essa divulgação pública contribui para a transparência”, afirmou o auditor substituto de conselheiro do TCM, professor Ronaldo Nascimento ao indicar que balanços incorretos e inobservância da Lei de Responsabilidade Fiscal são as principais razões que levam a rejeição de contas prestadas pelas prefeituras. “E isso se deve a falta de se atualizar e capacitar; por isso um espaço como esse para discussão é fundamental”, garantiu.
Ao falar de contabilidade patrimonial, o professor Diogo Duarte Barbosa, do CRC/RS e CRC/PA, salientou que sem patrimônio o Estado não vive; e em algumas situações o prejuízo estimado atinge milhões. “Teve um município, por exemplo, em que um funcionário pegou uma retroescavadeira ‘emprestada’ para ir pescar. Com o assoreamento do rio, a retroescavadeira caiu no rio. Ele achou que resolveria fácil. Foi, conversou com um colega e pegou o guincho do município para ir retirá-la do rio; no final das contas as duas máquinas foram parar na água”, comentou.
O contador Marcus Vinícius Passos de Oliveira e o diretor de Assistência aos Municípios do TCM, professor mestre Vitor Maciel dos Santos também palestraram neste primeiro dia de atividades.
Ascom – SESCAP BAHIA
Por Michele Coutinho